OPEN: O ano azulnegro!
O segundo semestre de 2014 foi quase todo do Pinheiros. Após ganhar todos os campeonatos nacionais de categoria, e mais o PAULISTA JÚNIOR E SÊNIOR DE VERÃO, a cereja do bolo foi o título duplo, ou seja, os do BRASILEIRO SÊNIOR - TROFÉU DALTELY GUIMARÃES e do OPEN CBDA/CORREIOS, conquistados ontem na Mais Bela Piscina do Mundo, a do Botafogo, na Cidade Olímpica, passando a régua no ano glorioso de 2014. O oitavo título de ambos os torneios para o Azulnegro do Jardim Europa também foi o suficiente para confirmar o título pinheirense também no Ranking Nacional de Clibes de 2014, com 375 pontos, 40 a frente do Corinthians, que foi ano passado campeão também junto ao Pinheiros. O Minas ficou com 325 pontos, o SESI, com 319, e o Curitibano, 201, completando o Top-5.
Confira como ficaram os placares finais dos dois últimos torneios da nossa natação.
BRASILEIRO SÊNIOR
OPEN
A rodada dupla terminou com, até agora, 23 índices conseguidos para o MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS DE KAZAN e 4 para o MUNDIAL JÚNIOR DE SINGAPURA. Na etapa de ontem, Etiene Medeiros (SESI), sempre ela, fuzilou o recorde sulamericano, com 24.74, dois décimos abaixo do anterior, que era dividido entre a venezuelana Arlene Semeco e a gaúcha Graciele Herrmann (GNU), vice ontem com 24.87. As duas estão confirmadas para Kazan porque fizeram abaixo dos 25.28 exigidos. Por essas e outras Etiene teve os dois prêmios individuais do Open pelos dois melhores índices técnicos nos 50 costas e nos 50 livre, necessariamente nesta ordem, e porque totalizou 187 pontos para ajudar o SESI a ser vice-campeão do Open. Olho no rubro em 2015!!
Já nos 50 livre deles, o vitorioso Bruno Fratus (Pinheiros/Auburn) cravou o seu melhor tempo ever e o terceiro da temporada com 21.41. Nicholas dos Santos (Unisanta/Auburn), que vai treinar com ele para o ano, fez 22.17. E tivemos outra novidade com relação a revezamentos: Ítalo Manzine (Minas), que ficou a um reles centésimo do Mundial de Doha, agora crava 22.25, ficando dois décimos abaixo do índice e se juntando a ELE (Cesar Cielo - Minas/Arizona) e Walter Lessa (São José). Só que só dois vão para a prova individual e todos sabem quem são...
Nos 200 borboleta masculino, era difícil se chegar ao índice de 1:56.97. Mas, já que para Deus nada é impossível, quem carrega Seu sobrenome também faz impossíveis. Leonardo de Deus (Corinthians) marcou 1:56.93 e levantou a poeira com o seu segundo índice, dedicando a vitória ao seu fã-clube. "Elas são simpáticas comigo e me tratam super bem", disse. Quem também fez festa foi Giovanny Lima (SESI), que, chegando em sexto com 2:01.53, junta-se ao time que vai para Singapura, porque o índice é 2:01.90. Por pouco Maria Pessanha (Fluminense) e Carolina Diamante (SESI) não fizeram o mesmo, visto que a tricolor fez 2:18.38 e a irmã da Giovanna, 2:18.71. Sem dúvida, com muito mais impulso, treino e atitude, ambas (ou uma das duas, pelo menos) superarão, no TROFÉU MARIA LENK, o índice de 2:17.48. Na prova, venceu Manuella Lyrio (Minas), com 2:14.53, após intensa disputa com Yana Cléris Medeiros (Corinthians), vice com 2:15.04.
Nos 100 peito deles, Felipe França (Corinthians) não fez uma prova para que se diga "oh, mas que prova espetacular, que prova perfeita", até por causa da temporada intensa e do cansaço de ajudar o Brasil a ser campeão mundial de piscina curta em Doha, mas garantiu o derradeiro índice do Open com 1:00.43. João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros), já garantido em Kazan, chegou 29 centésimos acima dos 1:00.57 exigidos. Para compensar, foi o melhor índice técnico das duas competições, nos 50 peito. Mas, no feminino, vimos que Beatriz Travalon (Pinheiros/Auburn) não é um nome para ser jamais descartado. Após uma temporada mediana, apesar dos bons resultados nos Sulamericanos, ela mostrou que, sim, pode nos dar muitas alegrias, ao vencer com 1:09.49. O mesmo pode se dizer da segunda colocada, Jhennifer da Conceição (Flamengo), que, com 1:09.56, fez com que pela primeira vez duas peitistas brasileiras superassem o 1:10 no tempo dos trajes. É difícil se chegar aos 1:07.85 do índice no Lenk, mas já é um progresso.
A nova geração encerrou com chave de ouro o evento, com dois RCs. Nos 1500 feminino, Viviane Jungblut (GNU), que jamais havia nadado abaixo de 17, conseguiu fuzilar o RC com 16:49.26, seguida por Bruna Primati (SESI), que também fez um bom tempo: 16:59.51. Nos 800 livre, Miguel Leite Valente (Minas), para mim a grande surpresa de 2014, fez 8:00.34, novo RC, e, vou ser otimista, pode chegar beeeeem perto dos 7:48.20 exigidos no Lenk. Por isso, e por ser mais eficiente para o Minas, ele também foi justamente premiado nas duas competições. Ah, e no Brasileiro Sênior, Larissa Martins Oliveira (Pinheiros) foi a mais eficiente e Daiene Dias (Botafogo), pelos 100 borboleta, foi o melhor índice técnico feminino. Espetacular evolução.
Confira aqui quem até agora está garantido nos Mundiais, lembrando sempre: a "definição definitiva" será depois do TROFÉU MARIA LENK, de 6 a 11 de Abril, em lugar ainda incerto (embora a minuta indicasse ser o Rio de Janeiro) e, mesmo com tantos índices para o Pan, só saberemos quem vai para Toronto pelos índices técnicos:
FLÁVIO BARBOSA (será que vai ser no Rio mesmo? - informações do Best Swimming, do Blog da Swim Brasil, da CBDA e fotos de Satiro Sodré)