Copa do Mundo FINA Singapura: dois recordes mundiais, três bronzes nossos

05/11/2013 15:02

Chad Le Clos. Esse é o homem. Se existe alguém para ser eleito o Rei da Copa em 2013, o sul-africano é o grande favorito. Hoje, ele entrou para a história ao ser o primeiro nadador a quebrar a barreira dos 1:49 nos 200 borboleta, batendo na parede após 1:48.56, e quebrou a sua própria marca (que era de 1:49.04, feita em Eindhoven, em Agosto último). Além disso, deixou comendo poeira (ou, neste caso, cloro) Pawel Korzeniowski (POL), com 1:53.59 e Yuki Kobori (JAP), com 1:55.39. Ele ainda comandou uma dobradinha sul-africana nos 50 m do mesmo estilo, vencendo com 22.24, tendo atrás dele o compatriota Ronald Schoeman, que superou Nicholas dos Santos por um centésimo (22.62 a 22.63). E Nicholas foi tão bem nos primeiros metros, chegando até a liderar.

Falando em bronzes, Felipe Lima comprova a grande fase com mais um bronze, nos 50 peito masculino. Ele fez 26.84, atrás do prateado Christian Sprenger (AUS, 26.24) e do dourado Roland Schoeman (AFS, 25.68). E olha que Felipe não competia desde o Mundial de Barcelona, onde colocou o bronze no peito também.

Quanto à Rainha da Copa do ano passado, Katinka Hosszu (HUN), ela não teve um dia tão ruim, mas também não tão bom assim: começou com uma prata nos 200 livre, disputando posições com a australiana Emma McKeon, que saiu vencedora (1:52.40 x 1:52.53) e bateu um novo recorde australiano. Depois, mais uma vitória, nos 100 borboleta: 56.58, com o pódio completo por Alicia Coutts (AUS, 56.67, outra que estava indo tão bem) e Sarah Sjoestroem (SUE, 57.52). Nos 50 costas feminino, que decepção: quinto lugar (27.20). O pódio foi formado por Emily Seebohm (AUS, 26.70), Elizabeth Simmonds (GBR, 26.85) e Madison Wilson (AUS, 27.02). Mas ela se recuperou nos 200 medley: ouro com 2:05.33, com Emily Seebohm (AUS, 2:07.10) e Alicia Coutts (AUS, 2:07.32, mais uma vez deixando escapar a vitória).

Outro destaque positivo foi a nossa nova seleção dos 4 x 50 livre misto (Guilherme Guido, Felipe Lima, Larissa Oliveira e Graciele Herrmann), que bateu o recorde sul-americano e trouxe mais uma medalha de bronze, só superado por Austrália (recordista mundial, 1:39.08) e Rússia. A nova marca do time australiano, formado por Robert Hurley, Christian Sprenger, Alicia Coutts e Cate Campbell comprova: a natação australiana, que andava meio sumida dos noticiários, está mais viva do que nunca neste ciclo olímpico.

Quanto aos outros brasileiros:

  • Guilherme Guido (quarto), Henrique Rodrigues (sexto) e Nelson Silva Júnior (oitavo) foram nossos finalistas nos 100 metros costas, vencidos poir Eugene Godsoe (EUA, 50.21);
  • Lucas Salatta (sexto) e Luiz Pedro Ribeiro (oitavo) estiveram na prova do recorde mundial do Le Clos;
  • Nicholas dos Santos bateu na trave do pódio e Fernando Silva ficou em sexto nos 100 livre. Quem venceu? Ele, Vladmir Morozov (RUS, 45.67);
  • Raphael Rodrigues (quarto) e Henrique Barbosa (sexto) estiveram nos 200 peito, com a volta triunfal do húngaro Daniel Gyurta, ouro com 2:02.62; e
  • Henrique Rodrigues esteve num bom sexto lugar nos 100 medley, e a vitória, de novo, foi dele, Morozov (51.36).

Agora, é esperar amanhã, para a última etapa da Copa do Mundo em Singapura. Depois dela, só restarão duas: Tóquio e Pequim.

FLÁVIO BARBOSA (com informações do Best Swimming)

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