Copa do Mundo FINA: Acabooooooou... aaaaacaaaaboooooou...

14/11/2013 11:47

Está consumado. Agora há pouco, terminou o último dia da derradeira etapa da Copa do Mundo FINA de Piscina Curta 2013, que passou por Eindhoven, Berlim, Moscou, Dubai, Doha, Singapura, Tóquio e, finalmente, Pequim. E esta se resumiu a dois nomes: Chad Le Clos (AFS) e Katinka Hosszu (HUN), consagrados hoje Rei e Rainha da Copa. Como priorizo primeiro as damas, falo primeiro da Iron Lady, que ganhou nada menos que 55 medalhas, sendo 32 ouros, 12 pratas e 11 bronzes. Mesmo nadando mal em algumas provas, já se sabia que ela não seria superada mais uma vez na coroa da Copa do Mundo FINA. Hoje, por exemplo, "cansou" e somente conseguiu dois bronzes: nos 400 metros medley, com 4:27.66, superada que foi no finzinho por Mireia Belmonte (ESP, ouro, 4:25.23) e Hannah Miley (GBR, prata, 4:27.21), e nos 100 metros medley, ficando atrás de Alicia Coutts (AUS, 58.99, ouro) e de Alia Atkinson (JAM, prata, 58.92), e ainda teve um oitavo lugar nos 50 borboleta feminino, vencidos pela sueca Sarah Stjoestroem. Mas nada que lhe tirasse o que todos já sabiam.

Já Chad Le Clos é, realmente, um monstro na piscina curta: 24 ouros, 8 pratas e 4 bronzes. A fera hoje, em Pequim, faturou os 200 medley (1:52.60) e os 100 borboleta (49.91). Esse sujeito merece todas as reverências também!

Com isso, ambos faturaram os 100 mil dólares de prêmio como campeões do Circuito Mundial, merecidamente!

E NÓS?

Temos certeza que a natação brasileira saiu ainda mais fortalecida da Copa do Mundo FINA: conseguimos três ouros, cinco pratas e dezesseis bronzes. Claro que muito, mas MUITO mesmo tem que ser feito para melhorar nosso desempenho nas competições internacionais, mas se sentiu uma melhora no nosso nível. Sim, temos condições de disputar provas pau a pau com EUA, Austrália, China, Japão, África do Sul e países europeus, mas é preciso um incentivo bem maior e melhor estrutura e investimentos. E, principalmente, apoio. Poucos, muito poucos, estão em alto nível. Nossa natação precisa parar com esta Cielodependência. Temos nadadores em boas condições. É só prestar atenção.

Hoje terminamos nossa participação na Copa com mais três bronzes. Um não preciso dizer que foi do nosso time 4 x 50 misto livre (Nicholas Santos, Fernando Silva, Gracielle Hermann e Larissa Oliveira), que fez 1:31.45 e só chegou atrás, uma vez mais, de Austrália (ouro com 1:30.52) e dos donos da casa (prata, 1:30.89). Os outros foram com Felipe Lima nos 100 peito (58.15), em prova onde Daniel Gyurta (HUN) bateu em primeiro com 57.34 e, logo atrás, o russo fera Vlad Morozov (57.39); e com Guilherme Guido, nos 50 costas, com 23.79, apenas vencido pelo dourado norte-americano Eugene Godsoe (23.07) e do australiano Robert Hurley (23.59).

Quanto aos outros brasileiros:

  • Luiz Rogério Arapiraca ficou a uma posição do pódio dos 1500 livre masculino (14:57.48), que teve o sul-africano Myles Brown vencedor com 14:41.63, o jovem chinês Yun Hao atrás com 14:42.38 e o húngaro Gergely Gyurta (14:45.53).
  • Nos 100 metros livre feminino, Gracielle Hermann terminou em sétimo com 53.76 e Larissa Martins Oliveira, uma posição atrás, 54.09. A vencedora foi a australiana Cate Campbell, com um expressivo 51.59, completando três vitórias nas três vezes que participou. Sarah Sjoestroem (SUE) e a irmã de Cate, Bronte (AUS), completaram o pódio.
  • Nos 100 peito masculino, tivemos mais dois outros brasileiros: João Luiz Gomes Júnior foi o sétimo (59.35) e Raphael Rodrigues, o oitavo (59.72).
  • Nos 200 medley masculino, Fernando Silva conseguiu um bom sexto lugar: 1:56.35.
  • Nos 50 livre masculino, Nicholas dos Santos fez 21.48 e foi o sexto a tocar a parede. A vitória foi dele, Morozov, com 20.91. Completando o pódio, Anthony Ervin (EUA, 21.07) e Roland Schoeman (AFS, 21.11). Quem bateu na trave foi o trinitino George Bovell, com 21.19. Morozov e Bovell, além de Ervin e Schoeman, estiveram na final da prova em Barcelona e só foram superados por ELE.

Agora, amigos, Copa do Mundo mesmo, só em Agosto do ano que vem, em Dubai. As feras mundiais ainda competirão em dois torneios distintos: o Duel in the Pool, em Dezembro (com norte-americanos e europeus) e o BHP Billiton Super Series, em 2014, na Austrália, com Austrália, China, África do Sul, Japão e Brasil. Vamos esperar!

FLÁVIO BARBOSA (com informações do Best Swimming)